domingo, 14 de outubro de 2007

Um domingo depois de um sábado

 

                Escultura em VRSA (27/08/2020)  


 Acordei ao som do toque na cabeça 
 Que emudeceu sonhos e lágrimas 
 Depois do Inferno bater à porta 
 Onde está o lado bom d' ESSA Vida outrora simples e calma? 
 Que é feito do riso solto de criança Limpo, puro... saudável, 
 No oculto da desventura? 
 Saí para ir sem rumo 
 Ou dirigir-me àquele lugar longínquo 
 Mas, o depósito do veículo fez-me voltar ao   Purgatório (?) 
 Agora o poder está aqui 
 Mas a sombra entra pelas frestas 
 E encobre todo o meu espaço. 
 Que faço? Que faço? 
 Ontem, fui ao ESCURO... 
 Deixei lá águas salgadas, 
 Faces molhadas, 
 Olhos ardentes,
 Coração triste. 
 Não ouvi nenhum murmúrio. 
 Saí... limpando o rosto. 
 Pensei ver sinais, nada vi. 
 Acordei, pensei sair, andar pela rua... 
 Não tive vontade... vim entregar-me 
 À escrita... aqui, sem saber muito 
 Como continuar o domingo 
 E iniciar a segunda-feira?

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